Demanda imobiliária do 1º TRI: o que os dados do Datastore Monitor revelam

Pela primeira vez desde o 4º TRI-22, a demanda imobiliária brasileira apresenta um aumento consecutivo, com uma estimativa de 11.426.609 famílias, segundo os dados do Datastore Monitor. Houve também um aumento na intenção de compra para os próximos 24 e 12 meses em todas as regiões.

A demanda imobiliária nos últimos anos

Desde o 4º TRI-22  a demanda imobiliária brasileira não apresentava um aumento consecutivo, veja a sequência:

• No 4º TRI-22 foi de 29,03%;
• No 1º TRI-23 foi de 28,24%;
• No 2º TRI-23 foi de 28,07%;
• No 3º TRI-23 foi de 27,61%;
• No 4º TRI-23 foi de 28,56%;
• No 1º TRI-24 foi de 28,61%.

Por isso, o aumento de +0,05% é sim um motivo para comemorar. 

O cenário atual

A recente redução da taxa Selic de 13,25% para 10,50% a.a foi responsável por esse aumento sequencial na demanda imobiliária. Este é um marco importante, indicando um potencial aquecimento no mercado imobiliário brasileiro.

Com essa mudança, alguns produtos imobiliários ganharão destaque. Entre eles estão: loteamentos abertos e fechados, estúdios, imóveis de alto padrão, imóveis econômicos e segunda residência em praia ou serra.

O mercado imobiliário só atinge um patamar de alta velocidade quando a demanda supera os 30%. A última vez que isso ocorreu foi no 1º TRI-22, há dois anos. No entanto, há previsões do Banco Central indicando que a Selic pode atingir 9,00% até o final de 2025. Se essa previsão se concretizar, poderá haver um novo ciclo de crescimento acelerado no mercado imobiliário.

E com a perspectiva de uma nova redução na taxa Selic em 2025, logo será o momento ideal para a classe média investir em sua primeira residência na cidade, seja em imóveis novos ou de terceiros.

Aumento na intenção de compra 

No  1º TRI-24, o Brasil apresentou um aumento significativo na intenção de compra de imóveis. A expectativa de vendas para as famílias que planejam comprar nos próximos 12 meses registrou um aumento de 43%, representando aproximadamente 5,256 milhões de famílias com renda de no mínimo dois salários mínimos até as faixas de renda mais alta.

A variação em relação ao 4º TRI-23 foi de +1,00%, indicando que está no caminho para uma velocidade de vendas mais alta. Mesmo pequenas reduções na taxa Selic podem potencializar as vendas nos próximos meses, impulsionando ainda mais o mercado.

Já a intenção de compra de imóveis em até 24 meses, teve um aumento de +0,05%. Confira abaixo o desempenho por região:

• Centro-Oeste: teve um aumento de +0,39%, mostrando uma revitalização significativa nos mercados locais;
• Sul: líder na demanda, apresentou uma variação de +0,06%. No entanto, é importante observar os resultados do 2º TRI-24, considerando os impactos da recente catástrofe climática no Rio Grande do Sul;
• Sudeste: registrou uma variação semelhante à média nacional, com +0,05%. Sendo a maior região do país, dita a média brasileira;
• Norte: após um longo período sem crescimento, registrou um aumento de +0,03%;
• Nordeste: atingiu uma variação positiva de +0,02%, com destaque para Salvador e Fortaleza, que tiveram um desempenho melhor.

Conclusão da demanda  imobiliária do 1º TRI-24

Os dados do Datastore Monitor mostram um cenário de recuperação do mercado imobiliário brasileiro no 1º TRI-24, com perspectiva para uma trajetória de crescimento para o próximo.
Em breve divulgaremos os dados do 2º TRI-24!

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